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“Investidores internacionais continuam com muito interesse em Portugal”, alerta Cushman & Wakefield

Consultora analisa as implicações da pandemia do novo coronavírus nos vários sectores do mercado imobiliário nacional.
23 abr 2020 min de leitura
 
Escritório, retalho, industrial & logística, hotelaria, residencial e investimento. Que impacto está a ter a pandemia do novo coronavírus nos vários setores do setor imobiliário? Segundo a Cushman & Wakefield (C&W), no segmento residencial, “a procura por parte de clientes internacionais deverá retomar primeiro”. “Os investidores internacionais continuam com muito interesse em Portugal”, conclui a consultora imobiliária.
 
Na primeira edição do Covid-19 Portugal Market Update, uma publicação que analisa as implicações da pandemia nos vários setores do mercado imobiliário nacional, a C&W “resume as medidas governamentais mais relevantes para as várias áreas de atividade, dando uma visão sobre as implicações atuais e futuras”, refere a consultora, em comunicado.

Mostramos em baixo, na íntegra, as suas principais conclusões, segmento a segmento:
 
Escritórios
 
Dada a incerteza relativamente ao real impacto do surto de Covid-19, a maioria dos proprietários e arrendatários está a adotar uma estratégia cautelosa de esperar para ver. Ainda não há sinais de impacto imediato nos valores de arrendamento, o que em parte se deve à atual falta de oferta de qualidade. No entanto, espera-se que os inquilinos solicitem incentivos, nomeadamente períodos de carência de rendas.
 
 
Retalho
 
A pandemia está a afetar todos os setores de atividade de retalho, exceto bens de grande consumo. Minimizar perdas e manter o setor sustentável a longo prazo requer uma atitude construtiva de proprietários e inquilinos, bem como da banca e entidades oficiais. A retoma dependerá de quanto tempo levará o retorno à normalidade e se os padrões de consumo voltarão aos níveis anteriores.
Alguns proprietários de centros comerciais perdoaram as rendas enquanto as lojas tiverem de se manter fechadas. Para os outros centros, e embora a legislação de moratória de rendas ofereça aos inquilinos um balão de oxigénio temporário, as negociações caso a caso deverão ser a regra no período pós-proibição.
 
 
Industrial & Logística
 
O aumento exponencial das vendas online trará ao mercado novos intervenientes na área da logística que sairá desta crise claramente beneficiada. Portugal continua atrativo e espera-se um continuado interesse em investir no setor, com os promotores a retomarem os seus projetos, colmatando a falta de espaços de qualidade nos principais eixos logísticos do país.
 
 
Hotelaria
 
O setor hoteleiro está a ser fortemente atingido pela crise, havendo, contudo, a perceção generalizada de que as bases fundamentais do turismo não mudaram, e de que a atividade irá retomar gradualmente, assim que as restrições atuais sejam levantadas.
O turismo interno e mercado espanhol desempenharão um papel importante na procura hoteleira. Os operadores já aceitaram que a performance de 2020 será abaixo do previsto, estando já a focar-se no plano de negócios de 2021. Os investidores neste setor estão nalguns casos a tentar ajustar os preços de aquisição.
 
 
Residencial (em colaboração com a imobiliária Porta da Frente)
 
A crise irá impactar a procura de habitação nos próximos meses. Contudo, na eventualidade de uma rápida recuperação do mercado, não é esperado um ajuste de preços significativo, uma vez que ainda se verifica um desequilíbrio entre oferta e procura no país.
A procura por parte de clientes internacionais deverá retomar primeiro, uma vez que Portugal continuará a oferecer os mesmos fatores diferenciadores reconhecidos pelos estrangeiros. A resposta rápida e eficaz do Governo e da sociedade à pandemia reforça esta boa reputação. 
 
 
Investimento
 
Os investidores internacionais continuam com muito interesse em Portugal. O bom desempenho da economia do país e a resposta ao surto de Covid-19 tem recebido elogios internacionais. Há alguma incerteza quanto aos efeitos a médio/longo prazo da pandemia, mas os investidores mostram tenções de fechar os negócios pendentes assim que o mercado começar a voltar à normalidade. 

Muitos investidores demonstram a sua disponibilidade para negócios oportunistas nesta altura enquanto os ‘players’ mais conservadores aguardam ainda para ver o desenrolar da situação, estando, contudo, prontos para investir num futuro próximo.
 
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